Trinta e Poucos (Antônio Prata)

Pra fechar o ano bem, trouxe uma resenha do livro "Trinta e poucos" do Antonio Prata. O autor já apareceu no blog antes, com a resenha que eu fiz de "Nu, de Botas", onde o mesmo escreveu crônicas sobre a sua infância. 

O seu último livro, no entanto, é uma seleção de crônicas em cinco anos, de um dos principais cronistas do nosso país, e colunista na Folha de São Paulo, desde 2010. O livro foi lançado pela Companhia das Letras neste ano e possui 78 (!!!) crônicas do Prata, desde não ter pares suficientes de meia até ser pai.

Sou suspeita para falar das crônicas do Prata. Além de gostar muito de crônicas, fico pensando em como ele torna coisas tão cotidianas em histórias - mesmo algumas delas nunca chegado a existir, como "Recordação", que ele contou em um talk, que a ideia surgiu a partir de uma casa de um amigo de infância, que era cheia de porta-retratos da mãe com pessoas importantes, e nunca em momentos "comuns" - sem perder o bom-humor

Antes da metade do livro, Antonio Prata cita em suas crônicas: Woody Allen (muitas vezes para a minha alegria), Keith Richards, a cidade de Sorocaba e Bruna Surfistinha. Achou a mistura improvável? O livro continua com citações à Van Gogh, Blade Runner, Breaking Bad e Tolstói.

Algumas crônicas da metade do livro me deixaram um tanto entediadas por serem narrativas de uma vida de um típico pai paulista de seus trinta anos - coisa que no momento me parece muito distante da minha vida. Mas de resto, parece que Prata é um velho amigo que encontro no bar, começando conversas com "Você não sabe o que me aconteceu um dia desses".

Destaques para crônicas ótimas como "7x1", "Geopolítica do Coração", "Cliente Paulista, Garçom Carioca", "Diário", "Plano" e "Gênesis, revisto e ampliado"

Tive a sorte de (re)encontrar o Prata, e outro cronista que eu amo, o Gregorio Duvivier, mês passado em uma livraria, onde foi organizado uma conversa entre os dois para promover o "Trinta e Poucos" do Prata e o "Caviar é uma Ova" do Duvivier. Conversa vai, conversa vem, ele me indicou o livro do Aristóteles, que ele provavelmente sabia que eu ia esquecer o nome e escreveu no livro.

Oi, Prata!

Espero que tenham gostado da crítica, paz no coração e um 2017 topíssimo!

Bisous

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