Olá! Hoje eu vim fazer a resenha do livro "Objetos Cortantes" da Gillian Flynn, também autora de "Garota Exemplar" - você pode conferir a resenha de Garota Exemplar aqui - que inspirou o filme do David Fincher, com o Ben Affleck e a Rosamund Pike.
Mas hoje viemos falar sobre objetos cortantes que foi o romance de estréia da autora em 2006 - lembrando que 1. romance como forma de narrativa e não romance romântico; 2. Sim, 2006 foi hà dez anos atrás. Quando foi lançado, "Objetos Cortantes" foi finalista do prêmio Edgar Award e recebeu dois Britan's Dagger Award - o primeiro livro a ganhar em duas categorias do prêmio no mesmo ano.
"Camille Preaker é repórter em Chicago e, a pedido de seu editor, Frank Curry, retorna a sua pequena cidade natal para investigar um mistério envolvendo a morte de uma menina e o desaparecimento de outra. Curry acredita se tratar de um caso de assassinatos em série que, com uma cobertura perspicaz, daria prestígio e destaque ao jornal.
Hospedada na casa da família, Camille precisa reaprender a conviver com a mãe, o padastro e a meia-irmã, além de lidar com as memórias difíceis de sua infância e adolescência que tanto quis esquecer"
A personagem principal do livro é a clássica menina que sempre teve planos grandes demais para a cidade em que morava e se mudou para a cidade grande, mas quando volta para a cidade natal percebe que todos continuam muito bem acomodados mesmo com a cidade sendo pequena.
Em alguns aspectos o livro me lembrou "Garota Exemplar", também da autora. Camille parece muito com Nick, além dos dois serem jornalistas - e sempre rola uma parte ou outra de identificação da minha parte, algo como "eu te entendo sim" - e a descrição da Adora, mãe de Camille me lembra Amy.
Flynn começa o livro como quem não quer nada, com bastante narração e aos poucos vai te envolvendo em seus mistérios até você querer devorar o livro e descobrir quem afinal de contas é o culpado - já que você começa a fazer suas teorias sem nem imaginar que a Gillian Flynn é mais esperta que você e já criou reviravoltas. No final, parece que todas as dicas estavam lá o tempo todo e só você não viu.
A capa do livro é muito linda e combina com a capa de Garota Exemplar e Lugares Escuros que também tem capa preta e desenhos com a cor branca - aliás super aceito quem quiser me presentear com Lugares Escuros.
Se você gosta de mistérios, Objetos Cortantes vai ser uma boa surpresa!
Quem já leu Objetos Cortantes? Já leram outro livro da Gillian Flynn?
Bisous
Stephanie Ramos (mas pode chamar de panda), 20 primaveras, libriana e estudante de jornalismo. Criou o blog por ser a amiga que recorrem para pedir dicas de lugares para ir em São Paulo e pela vontade de compartilhar as experiências que vive na cidade. Gosta de chá mate , cinema , museus , doce de leite, por do sol e explorar cidades com boas companhias (e uma câmera) Entre aulas da faculdade e estações de metrô, venho compartilhar dicas sobre a cidade de São Paulo e mais algumas coisas.
Estou muito satisfeito com o livro. Gillian Flynn tem o dom de ser uma escritora atual que consegue me convencer a ler seus livros através apenas da sinopse. Isso é um fato. O livro é bem escrito, todo em primeira pessoa e apresenta todos os acontecimentos e personagens sob a dimensão de Camille. A estrutura narrativa é bem montada, não sobra espaço para confusão e o desfecho é levemente deduzível, contudo até o último momento torcemos para que estejamos errados. Por outro lado a nova série Objetos cortantes estreou no domingo na HBO. Produção é inspirada em livro homônimo de Gillian Flynn. No primeiro episódio, Objetos cortantes vai aos poucos inserindo a história, que envolve tanto o mistério dos assassinatos quanto o mistério envolvendo o passado de Camille, uma mulher receosa da mãe, assombrada pelos fantasmas do passado que envolvem a morte de uma irmã, viciada em bebidas alcoólicas e também em automutilação. Mesmo assim, isso não torna a série lenta. Pelo contrário, ao entregar pouco, a produção faz com que o espectador queira seguir nessa história, que promete muitas reviravoltas. Visualmente, Objetos cortantes também é muito interessante. As cores extremamente fortes das cenas contrastam com a atmosfera de mistério que envolve a história. Outro ponto alto são os debates que a minissérie vai abordar como a relação entre mãe e a filha e, claro, a automutilação, algo que atormenta a vida da protagonista.
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