There is a light that never goes out

Dizem que não dá para abraçar o mundo, e isso soa muito bonito como conselho para os outros mas eu me recuso a admitir que não consigo. Eu quero sempre mais, mais rápido e melhor. Culpe a geração Y, culpe a minha educação ou o meu mapa astral.

Eu me sufoco com coisas para fazer, reclamo do excesso de atividades que me comprometo mas sei que logo que passar minha vida será um marasmo. Pior que rotina, é viver sem certezas. Esse negócio de curtir o silêncio e a paz não é comigo.

Eu gosto da cidade, da balada, de ver gente e de andar pelas ruas luminosas na madrugada. Gosto de ouvir artistas de rua e trocar olhares com pessoas na rua, que estão sentindo a mesma coisa que eu, e provavelmente eu nunca mais vou ver. Ou vou ver, essa é a graça da vida.

Gosto e odeio o frio da barriga do barco Viking. Respiro bem fundo e conto até três antes de pular do precipício. Pulo porque preciso. O mistério me atrai, me puxa, o risco me envolve. Odeio falar no telefone, mas adoro conversas horas com alguém pessoalmente.

Gosto do vento no meu cabelo andando de carro com as janelas abertas e o som alto. Gosto de me prender a tudo que faça com que eu me sinta feliz de estar viva - e tudo que me faça sentir viva. Eu passo a semana toda querendo sair e na sexta-feira eu fico com preguiça. Eu nunca mais quero voltar para casa, me leve para outro lugar. Home is a feeling, not a place.

There is a light that never goes out
Me leve para sair hoje a noite porque eu quero ver as pessoas e eu quero ver as luzes (preferencialmente ao som de bandas dos anos 80).